quarta-feira, 11 de junho de 2014

Pro dia dos namorados não passar em branco

Parece que passou menos de um mês, você me encontrou na sexta. Olhou meus olhos pequenos e sorriu, tocou minha mão e me beijou. Me amou pela primeira vez na sua cama e me envolveu com teus olhinhos sonolentos. Não foi tão errado quanto eu insisti que era. De repente, já comíamos pastel juntos e, entre mordidas e beijos, você me sorria mais. Não parecíamos ir a lugar nenhum, caminhávamos meio distraídos, dormindo abraçados num sofá sujo, de vez em quando, sendo devorados por muriçocas e ouvindo - e cantando - músicas, que nenhum casal ouviria - e cantaria - junto.
Casal, éramos um casal. Quando percebemos, tínhamos caminhado quase sete mil e novecentos quilômetros de onde estávamos. Quando eu dei por mim, já conhecia seus pais, seus tios, seus sobrinhos e seus amigos. E numa quarta, no mesmo sofá sujo, você me chamou, oficialmente, pra te acompanhar nesse caminho que a gente já atravessava durante esse tempo (que parece de ontem pra hoje). E foi como se você me oferecesse mais uma mordida do chocolate que eu já estava comendo. Foi incrivelmente feliz. Foi como se você oferecesse, além da mordida, um brownie, um biscoito e uma bola de sorvete. E agora, definitivamente, somos um casal. Afinal, comemos sanduíches juntos, e não só sanduíches, tomamos sucos de caixa também, e, às vezes, pra me fazer um pouquinho mais feliz, comemos coisas que fazem mal à sua gastrite, mas não muito, por que eu me preocupo contigo. Essas coisas que casais fazem, nós fazemos muito bem.
Nós fazemos tão bem, que eu me permiti por ti. Deixei que você me visse encolhida, chorando pequenos espinhos. Aceitei, com receio, teu ombro. Foi lá, então, que encontrei a calma. Deixei que você me visse expandida, transbordando alegria. Vi o sorriso mais lindo saindo dos teus olhos e decidi ser feliz mais vezes para vê-lo com mais frequência.
E é isso, você é meu casalzinho. Meu par. Somos a fumaça e o vapor. Somos uma nuvenzinha flutuando no alto da sala. Olhando pra todo mundo com cara de sono e, às vezes, dormindo num sofá sujo.

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