sexta-feira, 21 de junho de 2013

ELA IA EXPLODIR.

A respiração começou a ficar ofegante, o coração batia cada vez mais rápido, as mãos tremiam. Por que não sangra? Por quê? Ela quer que escorra muito, muito, o mais rápido possível, o mais violento possível, ela quer que rasgue, que corroa, ela quer explodir, de novo, como sempre, ou como nunca, ela quer o pra sempre infinito que todos falam, ela quer aquilo que ela menos tem, ela quer tudo o que ela nada teve, ela quer sentir escorrer tudo, todos, a vida, a morte e o amor, o que é amizade pra ela agora? A navalha parecia entender melhor.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Do branco ao vermelho, não veio Rosa.

Rasgou os pulsos
Ateou fogo às memórias
Afogou as cartas
Mutilou a alma
Desnuda, achou-se feia
O medo escorria do seu sangue
Por seu corpo alvo.


O alvo era o corpo,
Atingiu o coração
Junto com os pulsos,
as memórias,
as cartas,
E, então, a alma.
Achou que seria mais bela assim.

E a brancura imaculada, transformou-se em rubro corrompido.

Alvorecer

No calcanhar da noite,
Amanhecia de quase em quase
Tarde demais ou cedo demais?
Ainda me perguntava
Li no teu corpo todos os teus desejos
Inspirei o teu cheiro e senti tua malícia e
Antes que seja tarde,
Ou agora, pois ainda é cedo
Peço-te mais um beijo.


E do beijo, peço-te um pouco mais
Peço que tua vontade
Norteie-me por cada parte de ti
Anseio tocar-te as vergonhas
Tornar-te-ás minha
Até que tu julgues que não me queres mais
Luar virará Estrela do Dia e os
Instantes que restarão serão para te observar
Amanhecer por completo.